Um frango viveu por 18 meses sem a cabeça no estado do Colorado nos Estados Unidos. Se a história parece conhecida, não se espante, porque isto aconteceu há 70 anos! O mais curioso, no entanto, é compreender como esta bizarrice foi possível.
Lloyd Olsen estava matando frangos em sua fazenda, em 1945, quando percebeu, no fim do dia, que um dos animais ainda estava vivo e andando para todos os lados, mesmo sem cabeça. Por um motivo desconhecido, o fazendeiro não terminou o que começou e guardou o frango em uma caixa. No outro dia, o mais surpreendente era que o animal permanecia vivo.
"Virou parte da história esquisita da nossa família", conta Troy Waters, bisneto de Lloyd, à BBC.
Ele também conta que seu bisavô passou a levar o frango decapitado e vivo quando ia vender os demais e usava a história para ganhar dinheiro em apostas. Na cidade onde ele comercializava o produto, a história do "milagroso frango sem cabeça" se espalhou.
Após algum tempo, o produtor de um espetáculo se interessou pelo animal e convidou Lloyd para exibi-lo em seu show, em Salt Lake City. Foi ai que Mike, o frango, foi levado à Universidade de Utah e submetido a uma bateria de exames, para tentar descobrir como era possível ele ainda sobreviver.
O mistério ganhou espaço até mesmo na revista Life, uma das principais norte-americanas da época. Mike também viajou por diversos estados, até morrer o dia em que morreu engasgado durante uma madrugada.
Mas como ele sobreviveu tanto tempo?
Um especialista em frangos do Centro de Estudos sobre Comportamento e Evolução, Tom Smulders, conta que o fato de ele ficar vivo mesmo decapitado só aconteceu pois apenas a parte frontal da sua cabeça foi arrancada. De acordo com ele, galinhas e frangos concentram 80% da informação de seus cérebros na metade traseira da cabeça.
Além de ter continuado com a maior parte do cérebro, sendo capaz de controlar órgãos, respiração e movimentos, Mike também recebia um tratamento especial de seus donos. Eles alimentavam e davam água ao frango diretamente pelo esôfago, além de cuidar para que ele não engasgasse.
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