Enviado por Almeida
Escandalosas fotos e vídeos mostram novas denúncias de negros escravizados na Líbia. A Itália e a União Europeia têm incentivado esse país a impedir a travessia de imigrantes e ajudado a que prospere o retorno da barbárie da escravidão à África.
Novas imagens chocantes da Líbia. Negros pendurados, expostos para venda. Escapando da pobreza e de guerras incentivadas e criadas pelo imperialismo, milhares negros de toda África se amontoam na Líbia, sonham com a dura e perigosa travessia até a Itália. No fundo do Mediterrâneo se acumulam corpos negros, sírios, afegãos. Imigrantes que não resistiram à perigosa viagem.
A Europa, convertida em uma prisão, com campos de concentração para impedir a chegada de imigrantes, está dando dinheiro para a Líbia impedir a travessia de imigrantes. Isso tem incentivado não somente os estupros, assassinatos, tortura mas também a escravidão.
Milícias patrocinadas pela Itália prendendo e torturando negros
Vem sendo denunciado, desde o primeiro semestre desse ano, a situação de escravidão pela qual passam os negros na Líbia. Da ONU à União Europeia, muitas foram as ONGs, governantes e líderes a se pronunciarem, as imagens são chocantes e a hipocrisia do imperialismo imensa.
A situação de emigração nos países devastados pelas guerras imperialistas expõe milhares de imigrantes que viajam até a Líbia para chegar à Europa ao risco de serem sequestrados, abusados, mortos e vendidos em mercados de escravos no país localizado ao norte da África. Essa situação foi denunciada por dirigentes ocidentais e africanos e teve grande impacto. A indignação causada certamente obrigou que inclusive os grandes imperialistas se pronunciassem, e o fizeram com tom de espanto.
Mas o imperialismo não somente sabia como incentivou essa barbárie. “Com exceção do cidadão comum, todo mundo sabia, os governantes, as organizações internacionais, os líderes políticos” relata Hamidou Anne. Alioune Tine, diretor para a África ocidental e central na Anistia Internacional, com sede em Dacar, também afirma que “A tomada de reféns, a violência, a tortura, os estupros eram normais na Líbia, e da escravidão já se fala faz tempo”.
A presidente do Médicos Sem Fronteiras, Joanne Liu, questiona que “em seus esforços por conter o fluxo (migratório), os governos europeus estarão dispostos a assumir o preço do estupro, da tortura e da escravidão?” Sabemos que a resposta é “sim”, pois de nada interessa a eles que rompam com a xenofobia que assassina todos os dias milhares de imigrantes. “Não podemos dizer que não sabíamos disso” ela afirma.
Essa denúncia não é de se espantar, pois é de grande interesse para os capitalistas que essas atrocidades sigam acontecendo enquanto comandam as guerras imperialistas e racistas em todo o mundo, principalmente na África e no Oriente.
A barbárie da escravidão na Líbia é continuação da barbárie dos botes com refugiados se afogando, dos campos de concentração e das guerras imperialistas. Com o ódio dessas fotos é preciso saber mais uma vez quem são os culpados: o capitalismo e o imperialismo.
Fonte das fotos “Zambezi Reporters”, empresa de jornalismo da Zâmbia
Matéria publicada em → http://www.esquerdadiario.com.br/Negros-vendidos-como-escravos-na-Libia-fotos-do-horror-que-o-imperialismo-produz
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Ao César negro seu legado infame na Líbia
por Fábio de Oliveira Ribeiro
O renascimento da escravidão na Líbia é um dos fatos mais grotescos de que se teve notícia desde a explosão da Bomba Atômica em Hiroshima e das carnificinas praticadas pelo US Army na Coréia do Norte e no Vietnã. Ninguém em sã consciência pode deixar de aponta o dedo para os EUA e dizer: eu acuso.
Este será sem dúvida o legado mais infame da administração do sorridente Barack Obama, o presidente negro cuja Secretária de Estado instigou a França a intervir militarmente na Líbia.
O resultado aí está: o ressurgimento da escravidão, que alimenta a esperança dos racistas europeus, norte-americanos e brasileiros de poder fazer o mesmo na Europa, nos EUA e no Brasil.
Hillary Clinton, política que sempre se apoiou em eleitores norte-americanos negros e comemorou a morte de Kadafi diante das câmeras de TV, também merece as honras deste feito.
A Líbia não era um paraíso sob o comando de Kadafi. Todavia, ninguém pode negar a verdade factual: quando ele governava aquele país os negros líbios não eram tratados de maneira tão brutal, desumana, vil, racista e monstruosa quanto eles tem sido tratados após a vitória da democracia norte-americana naquele país.
Onde estão os negros norte-americanos ricos e influentes neste momento? Protestando nas ruas contra a escravização de seus irmãos africanos ou sentados confortavelmente em suas casas assistindo os filmes em que o racismo é derrotado pelo “American way of life”? Onde está Morgan Freeman, príncipe dos atores negros norte-americanos que atacou a Rússia e defendeu a superioridade moral dos EUA?
Não se enganem meus caros, o Tio Sam não vai assumir a culpa pelo resultado de suas ações na Líbia. Muito pelo contrário, em dois ou três anos o mercado será inundado por filmes “made in USA” retratando a saga dos heróis norte-americanos que correm risco de vida para salvar negros líbios escravizados.
Nenhuma novidade. A única coisa que o império racista dos olhos azuis consegue produzir é desgraças inenarráveis e filmes para convencer os norte-americanos de que a América sempre faz o oposto do que realmente fez.
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sexta-feira 24 de novembro| Edição do dia
Nas ultimas semanas, um vídeo-denúncia da venda de negros como escravos a céu aberto na Líbia ganhou as redes sociais. Esses negros seriam imigrantes que estariam atravessando o país na tentativa de chegar à Europa. Neste vídeo, podemos ver negros sendo vendidos de U$400 a U$1000.
Como parte de se posicionar contra este absurdo, alguns jogadores de futebol tem colocado em suas comemorações um sinal de protesto contra a escravidão na Líbia.
O camisa 10 da seleção francesa e jogador do Manchester United, Paul Pogba, comemorou seu gol neste final de semana fazendo um sinal com os punhos unidos, que segundo o próprio jogador era uma forma de retratar a escravidão e se colocar contra ela. Nas redes sociais o mesmo declarou no último dia 18: “Rezo por aqueles que sofrem pela escravidão na Líbia. Que Deus esteja com vocês e que esta crueldade termine já!”. Na liga espanhola, Cheik Doukouré, jogador do Levante e da seleção da Costa do Marfin, repetiu o gesto de Pogba.
Também no futebol espanhol, Geoffrey Kondogbia, volante francês do Valência, exibiu uma camiseta com os dizeres: “Fora do futebol eu não estou a venda”, como forma de se colocar contra a situação na Líbia. O que une esses 3 jogadores é o fato de, além de serem negros, serem jogadores de origem africana e se solidarizarem com esse absurdo perpetuado na Líbia. Esta não é uma denuncia recente. No começo do ano um vídeo parecido já havia circulado nas redes sociais, porém, a situação na Líbia foi completamente silenciada.
Na França, que é o maior país na Europa em número de negros, em especial imigrantes, estouraram diversos protestos contra a escravidão na Líbia, em especial em Paris, nos quais os manifestantes colocavam que a liberdade é um direito universal e deve ser defendido.
Devemos pedir a imediata soltura de todos os negros que hoje estão na condição de escravidão na Líbia e que sofrem com a miséria na África, miséria essa que foi criada para se construir a riqueza da Europa, que saqueou e segue saqueando as riquezas do continente africano. Pelo fim da dívida pública dos países africanos e fora tropas da ONU de todo o seu território!!! Por uma África livre do imperialismo.